E o que é ser livre?
O que nos dá a liberdade é a consciência. Consciência de quem somos, do que fazemos e queremos. E como seria isso? Você deve estar se perguntando.
Quando iniciamos um processo de autoconhecimento, questionamos "o por quê?" e "o pra que?" a vida nos proporciona certas situações e desafios. Esses questionamentos nos levam a enxergar com mais clareza e de forma consciente os pensamentos, sentimentos e hábitos que fez com que atraíssemos tal situação de vida. Tomar consciência que somos nós mesmos que atraímos a realidade da nossa vida traz, num primeiro momento, uma posição de negação, "Ah não! Foi Fulano que me deixou assim"; "achei melhor não fazer, meu pai falou que não ia dar certo"; e assim vai. Temos infinitas justificativas para não nos responsabilizarmos pela realidade que criamos e sem perceber, nos mantemos presos num ciclo repetitivo de hábitos não saudáveis, nocivos a nós e aos outros, jogando a culpa da nossa frustração, nos nossos pais, em alguém, na vida, em Deus...
Que terrível essa realidade, "minha vida está assim por conta de alguém"; “só serei feliz quando ele mudar". "O que posso fazer? Na minha vida tudo é difícil" Realmente isso é uma prisão, que mina o nosso poder de criação e realização. Entregamos o poder sobre nós e nossa vida ao outro ou a uma crença, nos tornando reféns de nós mesmo.
Ao ter clareza da forma que agimos,olhando de forma consciente, é possível ver o mecanismo que utilizamos para nos esconder atrás do vitimismo, da ira, do conformismo, da tristeza. Entrego o poder da minha vida ao outro e o responsabilizo pelo que eu NÃO FIZ. Comodo, né?
Quando falo: "estou triste porque não realizei um projeto porque meu pai achou que não ia dar certo", coloco a responsabilidade da minha falta de AÇÃO no meu pai. O que na verdade a responsabilidade é minha. O que me fez desistir, talvez tenha sido a minha falta de confiança em mim, na minha força de realização ou a necessidade de aprovação, o medo do que meu pai vai falar se não der certo ou por acreditar que não sou capaz, isso não é pra mim, o que os outros vão pensar... sendo assim, melhor eu não fazer nada, assim não me exponho e ninguém tem nada pra falar de mim... e minha vida fica parada.
Quando falo: "só serei feliz quando ele mudar". Estou jogando o peso da minha felicidade na mudança do outro. E se ele não quiser mudar? Serei infeliz para o resto da vida. Uma sentença cruel pra mim e para o outro. O que me faz fazer isso? Talvez eu não queira olhar para o que realmente me faz feliz ou não queira tomar uma atitude para sair de uma situação onde estou infeliz, “afinal o que estou vivendo eu conheço, se mudar não sei o que irá acontecer, então melhor eu permanecer assim mesmo“ ou tenho medo de me posicionar em relação ao que quero ou porque não sei mesmo o que eu quero , “então melhor deixar na mão dele mesmo, assim só faço o que ele quer e o responsabilizo por eu não estar feliz”.
São infinitas as nossas justificativa que nos mantém nessa prisão que impede a fluidez da vida.
Essa clareza nos trás a força que precisamos para mudar esse hábito. E como fazer isso?
Olhando para dentro, trazendo para Luz o que escondemos, que consideramos fragilidade. Assim, é possível enxergar a nossa verdadeira força. A força da vontade que nos movimenta a questionar, perceber o que sentimos, nos autoconhecer e evoluir.
Olha que maravilha, EU POSSO mudar os hábitos que me aprisionam, me paralisam, estagnam a minha vida. EU POSSO criar a minha realidade da forma que me faz sentido. EU POSSO realizar o que quero, poque o que o outro pensa é dele, não meu. EU POSSO me posicionar diante do que quero, porque ser feliz é de minha responsabilidade.
E é a força desse movimento, mudando os hábitos não saudáveis, trazendo para Luz da consciência a responsabilidade sobre o que pensamos, sentimos, agimos e vibramos é que nos proporciona liberdade. A LIBERDADE DE SER QUEM SE É!
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